Quais são as maiores dificuldades de se elaborar programas de capacitação digital? Se você já parou para fazer essa análise, deve ter observado que, empresas de tecnologia, em sua maioria, estão atuando cada vez mais de forma remota e descentralizada.
Devido a esse cenário, a transformação digital acaba sendo bastante complexa. Isso porque a digitalização do aprendizado corporativo entrou em evidência principalmente durante o período de pandemia e, desde então, passou a ser um método cada vez mais aceito pelas organizações, especialmente aquelas cujo foco é o desenvolvimento de soluções tecnológicas.
Pensando nisso, a Keeps realizou uma roda de benchmarking para debater acerca da temática, onde participaram três empresas parceiras: Meta, Tivit e Vero. (Para acompanhar nosso bate-papo, assista ao vídeo acima).
Quais são os principais desafios que uma empresa de tecnologia encontra quando decide capacitar no digital?
Quando falamos em capacitar no digital, empresas de tecnologia apresentam características muito próprias, principalmente por ser um setor no qual se exige muito do capital intelectual e por ser uma área onde é constante a volatilidade do conhecimento.
Por exemplo, quando falamos em profissionais de programação, a linguagem utilizada hoje pode ser completamente diferente amanhã. O tempo todo são inseridas inovações, de modo rápido e contínuo, e o mercado não deixa de solicitar soluções para acompanhar essa evolução ininterrupta.
Dado esse contexto, como as empresas de tecnologia conseguem atravessar esses obstáculos e manter seus colaboradores atualizados e entregando acessibilidade digital?
Através, principalmente, das Universidades Corporativas Digitais, que têm sido o principal foco das empresas de tecnologia quando falamos em capacitação.
Desafios com treinamento de integração/onboarding
Na Meta, por exemplo, através da Meta Academy, Universidade Corporativa da empresa, após o foco inicial no desenvolvimento de conteúdos para receber novos profissionais, entregando trilhas de conteúdo que facilitassem o processo de onboarding, atualmente a empresa foca no desenvolvimento de competências para facilitar os processos de mudanças, haja vista a empresa visar o avanço de seu alcance tecnológico de forma cada vez mais célere.
Já na Vero, o processo funciona da seguinte forma:
“A gente atua com o técnico de campo, com a pessoa da retenção, com a pessoa do suporte, falando a mesma linguagem. A gente acredita muito nessa questão do quanto o colaborador vai conseguir entender, compartilhar e trocar essa ideia. Então aqui a gente optou por trazer as pessoas da área de negócio e capacitar nos skills técnicos de treinamento. E aí fora isso, a gente tem o treinamento digital com a Keeps, onde a gente coloca todas as trilhas mais voltadas para os testes, para as equipes técnicas, que a gente chama aqui de área de negócio.
E a outra vertente que nós temos é a parte mais administrativa-corporativa. A gente produz internamente mesmo os conteúdos. E aí são vídeos, podcasts, materiais PDF e Power Point, que é uma das funcionalidades e facilidades que a Keeps disponibiliza para a gente.”
(Monique Carvalho, Coordenadora de T&D e DHO da Vero)
Na Tivit, ao capacitar no digital, o pilar mais forte é também o onboarding, onde são trabalhados diversos conteúdos, já “na largada”, para estruturar e agilizar a entrada do colaborador na entrega do negócio.
“A Keeps é nossa grande parceira, nos ajudando com o nosso portal, que é a transversalização todas essas iniciativas: onboarding, treinamento de lideranças, treinamentos técnicos. Então, desde o meu onboarding até todo o meu treinamento técnico, soft skills, a Keeps me ajuda com a ferramenta. Mas a gente sabe que a universidade corporativa também não é só ferramenta, então tem outras coisas que a gente coloca aqui dentro.”
(Talita Aguiar, Gerente de DHO da Tivit)
Essas três vivências demonstram que temos pelo menos 2 grandes desafios quando falamos em empresas de tecnologia, que são os treinamentos de liderança e onboarding.
Sabemos ainda que não é apenas de plataformas LMS ou LXP, como o Konquest, (nosso ambiente digital de ensino utilizado pela Meta, Tivit e Vero), que a Educação Corporativa se alimenta. Todo o sucesso desse processo está muito mais atrelado à forma através da qual a Universidade Corporativa e o setor de T&D se comporta ao tentar solucionar essas dores dentro desses cenários.
Desafios com público e engajamento
A Meta, ao capacitar no digital, tem o grande desafio de conseguir fazer o conteúdo chegar até os colaboradores que atuam em campo, buscando uma forma mais fácil, ágil e engajadora. Nesse caso, com colaboradores espalhados em 6 estados, não dá para abarcar toda a capacitação de forma presencial.
Esse ponto acima foi algo que passou a ser “normalizado” com a pandemia, facilitando dar seguimento ao aprendizado online. Mas a partir daí, como conseguir engajar esses colaboradores?
“Uma das formas que a gente tem de engajar essas pessoas é a atratividade do treinamento. Tem conteúdo que é desenvolvido com uma forma de gamificação dentro dele. Tem a necessidade de se adaptar e entender a linguagem do colaborador, onde o responsável pela criação conversa com uma área especialista e a partir desses insumos do especialista, desenvolve o material.
Então eu consigo unir as duas coisas. Eu consigo ter os termos técnicos, mas eu também consigo ter essa visão diferenciada e essa forma de abordagem diferenciada, porque o meu analista de treinamento já foi lá da ponta, então ele já conhece muito bem aquela posição.
Acho que os dois maiores desafios que eu tenho hoje na área essa questão de engajamento e como chegar nessas pessoas que aí também tem a facilidade da Keeps, tanto da plataforma quanto também da questão do SmartZap, que é quando a gente consegue direcionar os conteúdos pelo celular dos colaboradores, através do WhatsApp.”
(Monique Carvalho, Coordenadora de T&D e DHO da Vero)
As empresas de tecnologia também procuram o tempo todo fortalecer e reforçar essa cultura do assíncrono e encontrar disponibilidade do conteudista para desenvolvimento de conteúdos técnicos.
Universidades do Futuro
“Podemos dizer que as universidades do futuro são as empresas. Atualmente, as empresas estão tendo que assumir cada vez mais o treinamento dessa força de trabalho, até mesmo pela velocidade com a qual as coisas mudam em tecnologia. Ainda mais porque, quando falamos de academia, sabemos que não existe essa capacidade de mudança tão rápida, de treinamento, de capacitação. Cada vez mais as empresas vão ter que assumir essa responsabilidade.”
(Rangel Torrezan, CEO da Keeps, especialista em Tecnologias)
Na Tivit, ao capacitar no digital, a empresa trabalha muito com o protagonismo do colaborador, ou seja, não é determinado o que deve ser feito, mas é demonstrado o caminho e a partir daí, ele busca o aprendizado.
Mas por que esse colaborador vai consumir o conteúdo da empresa e não um conteúdo externo? O que tem de diferente ali? Como puxar esse engajamento?
“Eu acho que o engajamento dentro daquilo que a gente faz, principalmente no on-line, é um grande ponto de atenção a todo momento, né? O meu problema é que quando eu treinei todo mundo, a tecnologia já mudou e eu preciso treinar todo mundo de novo. É um negócio sem fim. Quando a gente acha que o problema do desenvolvedor acabou, aparece um novo, a coisa ali na frente que você precisa correr.”
(Talita Aguiar, Gerente de DHO da Tivit)
É importante que as empresas de tecnologia estejam sempre atualizadas em relação ao que está acontecendo no mercado. Não dá para ficar para trás diante das mudanças.
Além disso, é essencial que as lideranças estejam muito bem treinadas e alinhadas ao negócio da empresa. E, sabemos, manter esse corpo de liderança bem conectado às demandas organizacionais é sempre um grande desafio.
Desafios de treinamento de terceiros
É recorrente que empresas de tecnologia, ao capacitar no digital, utilizem o próprio capital intelectual para formar clientes, parceiros e até a sociedade, através de ações sociais.
Na Tivit, por exemplo, funciona assim:
“Hoje a gente tem sim um ambiente exclusivo para clientes e parceiros. A gente não tem uma regra de treinamento específico para eles. A gente traz mais o conteúdo do nosso especialista, das pessoas que têm um conhecimento diferenciado e dá isso para o cliente como um adicional dentro do contrato que eles têm com a gente.”
(Talita Aguiar, Gerente de DHO da Tivit)
Desafios para mensurar resultados ao capacitar no digital
“A nossa priorização de desenvolvimento, de capacitação, vem sempre por uma mudança, né? Então a gente já tem o indicador do sucesso, da mudança. O que a gente entende como aquela mudança foi atingida com sucesso? A gente atingiu o que a gente queria, quais indicadores? E não tem um indicador específico que vai dizer que foi só o treinamento. Ele é um pilar que sustenta a mudança, mas não é o único.
Quando a mudança atinge um indicador de sucesso, que é o indicador que foi enfim definido em conjunto, que foi priorizado, que foi entre as áreas, a capacitação colaborou para isso. Não tem um específico a não ser a pesquisa de reação, o consumo de horas, aquilo que a gente já sabe, mas que ajuda a gente também evoluir. Porque a gente vai vendo os gaps que a gente tem, vai vendo o que a gente precisa acrescentar, tirar, mudar.”
(Caroliny Viel, Gerente de Educação Corporativa da Meta)
Desafios para o futuro
De modo geral, para o futuro do trabalho, as empresas de tecnologia precisam conhecer seu público, as especificidades do seu negócio, prevendo os acontecimentos vindouros e entendendo quem é o profissional do futuro.
Quando falamos em Educação Corporativa e capacitar no digital, existe uma tendência atual dentro da qual os colaboradores consomem apenas aquilo que precisa ser consumido. Então como conseguir sempre ofertar uma capacitação diante dessas necessidades?
A resposta parece óbvia: prestando atenção. Pode parecer simples, mas às vezes o simples acaba sendo o mais difícil. Os gestores não estão no controle e na detenção de tudo o que os seus colaboradores precisam.
“O futuro está nas comunidades, na conexão das pessoas. Só que enquanto a gente ficar dizendo para as pessoas o que elas precisam treinar, além disso aqui, que é uma fatia que é obrigatório, vai dar ruim, porque as pessoas querem decidir o que elas querem aprender. As carreiras vão ser livres. As pessoas decidem. Eu posso vir como desenvolvedor e depois ir pro marketing, pro RH e por aí vai. O protagonismo da cadeira é sua, então eu vejo mais o T&D como conector de pontes, levando as pessoas de um lado para o outro, mas dando o poder para as pessoas. Então acredito muito no poder das comunidades. Acredito muito que esse é o futuro, onde a gente vai conseguir trocar uns entre os outros.”
(Talita Aguiar, Gerente de DHO da Tivit)
Esteja ciente de que todos esses desafios que trouxemos são dores contornáveis e passíveis de aplicação de estratégias eficientes, através das quais a capacitação digital se transforma, tornando os seus projetos de T&D cada vez mais engajadores, interativos, produtivos e, o mais importante, capazes de entregar aprendizados significativos para os seus colaboradores.
Soluções da Keeps para os desafios de capacitação digital da sua empresa:
O Konquest, no universo LMS ou LXP da Keeps, é o coração da plataforma de aprendizagem. Uma ferramenta completa e sofisticada, voltada à Educação Corporativa, a qual tem por objetivo promover um ambiente de aprendizado digital, facilitando a criação de cursos e trilhas sobre os conhecimentos necessários para você desenvolver os colaboradores. Tudo isso dentro de uma robusta plataforma LXP, a qual permite a obtenção de dados ainda mais detalhados. Além de outros recursos específicos e personalizados.
Uma plataforma como o Konquest te entrega um caminho de sucesso para superar os desafios de capacitar no digital, pois:
- centraliza e organiza seu conteúdo;
- entrega flexibilidade no acesso;
- possui recursos interativos, que envolvem o colaborador;
- facilidade no acompanhamento da performance de cada um;
- personalização da experiência de aprendizagem;
- integração de recursos externos;
- análise de dados e produção de relatórios com o learning analytics;
- gerenciamento de certificações etc.
E temos ainda o SmartZap, outro módulo de aprendizagem da Keeps que você pode utilizar. Esta solução descomplica treinamento dos colaboradores utilizando o Whatsapp como ferramenta de capacitação, aumentando engajamento e resultados. Desse modo, os conteúdos e informações são compartilhados de modo prático e rápido, o que diminui a resistência e melhora a comunicação nas relações de trabalho, promovendo o Social learning e a Aprendizagem ativa.
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Perguntas frequentes sobre os desafios de capacitar no digital:
– Motivação;
– Autodisciplina;
– Acesso à tecnologia;
– Interatividade limitada;
– Sobrecarga de informações;
– Feedback;
– Personalização do aprendizado;
– Engajamento;
– Treinamento de integração;
– Mensurar resultados.
Para o futuro, quando falarmos em capacitar no digital, a tecnologia seguirá inovando e aprimorando a experiência de aprendizagem dos colaboradores, com desempenhos cada vez mais adaptativos, interativos e colaborativos.
É também esperado que haja uma integração da capacitação digital com análise de dados, IA, realidade virtual e aumentada etc., tudo de forma a possibilitar um processo de ensino-aprendizagem mais personalizado, imersivo e, por isso mesmo, eficaz.
Podemos dizer que as transformações futuras serão ainda mais consideráveis, impactando diretamente nos métodos de desenvolvimento de skills e competências dos colaboradores, trazendo ainda mais desafios, ao mesmo tempo em que entrega soluções relevantes e eficientes.