Curva de Aprendizagem: conhecimento em busca de resultados
Curva de aprendizagem, ou curva de aprendizado, é uma forma de determinar a proficiência de uma atividade dentro de uma escala evolutiva.
Atualmente, após diversos estudos realizados no âmbito educacional, é evidente a diferença de aprendizagem de cada sujeito. Os estudantes ou colaboradores em treinamentos assimilam as informações de forma diferente e também tendem a se interessar mais por algum assunto quando se é abordado de uma determinada forma. Por exemplo, ensinar geometria para adolescentes apenas com fórmulas e cálculos matemáticos sem uma parte visual, normalmente, costuma ser muito mais dificultoso, pois nem todos ali presentes possuem a capacidade de imaginar a figura e relacionar com as fórmulas apresentadas.
Já quando o professor traz imagens, objetos palpáveis e incentiva a curiosidade, o estudante se interessa mais e aprende de forma mais fácil. No mercado de trabalho isso não é diferente, as empresas que implantam uma educação corporativa ou um setor de treinamento & desenvolvimento tem que compreender as divergências nos estilos de aprendizagem que cada colaborador possui. Este é um dos maiores desafios para a eficácia de um programa, pois é preciso atenção redobrada quanto ao desempenho de cada um.
Afinal de contas, estamos vivendo um tempo em que as características individuais têm sido cada vez mais compreendidas e exploradas para conseguirmos alcançar melhores resultados em nossas atividades, tanto pelo avanço no conhecimento quanto pela variedade de opções disponíveis. Entre essas características estão os estilos de aprendizagem, um conhecimento fundamental para o autoconhecimento e fortalecimento da autoestima, autoconfiança que tanto precisamos para nossas jornadas pessoais e profissionais.
Sendo assim, saber reconhecer com qual deles você mais se identifica e explorar as possibilidades que são oferecidas por elas, fará com que você otimize o volume e o tempo necessário para a aquisição de conhecimento. Portanto, neste artigo, explicaremos cada um deles, como reconhecê-los e quais suas características.
Estilos de aprendizagem podem ser definidos como as formas diferenciadas que cada indivíduo tende a aprender sobre um determinado assunto ou prática. Já foi comprovado através de diversos estudos que o processo de aprendizagem é individual e único. Cada um possui desafios diferentes e apresentam facilidades diferentes dos demais.
Então o que significam as teorias dos estilos de aprendizagem? São teorias que explicam um determinado modo de aplicar um conteúdo acerca de determinados perfis. Entender e buscar se atualizar nas variadas formas de aprendizagem é de suma importância para que haja uma possibilidade de adaptação maior. Mesmo que esta valha apenas para um estudante ou um colaborador, existe uma diversidade de metodologias que devem ser exploradas.
São vários os tipos de aprendizagem. Todavia, a seguir explanaremos algumas das principais teorias acerca dessa temática. Lembrando que não é regra possuir apenas um estilo, há diversas pessoas que possuem facilidade em migrar de estilos de aprendizagem quando se é necessário.
Esta teoria, também conhecida como modelo VARK, foi criada pelos pesquisadores Neil Fleming e Charles Bonwell e divide o aprendizado em 4 estilos de aprendizagem. Quais são? Visual, auditivo, leitura e escrita e, por último, o sinestésico.
Numa empresa, por exemplo, ver sobre o desempenho dos funcionários ou sobre a produtividade individual em um gráfico faz muito mais sentido quando é apresentado um relatório. Dentre os estilos de aprendizagem, na aprendizagem visual, é importante que a pessoa veja, pois apenas assim conseguirá assimilar as informações contidas nas ilustrações. Para ela fará muito mais sentido, pois o conhecimento é absorvido muito mais rapidamente.
Levando para o lado corporativo, entender as partes que se encaixam em cada categoria e levar um leque de opções para os centros de educação é de extrema importância, pois além de ajudar significativamente no desempenho do colaborador, a preocupação com ele tende a acionar um sentimento de participação e integridade.
Esta categoria dos estilos de aprendizagem muitas vezes é inserida na parte visual, mas se diferencia por alguns aspectos. Quem se identifica mais com a leitura e escrita, normalmente, apresenta maior capacidade de entender sobre um assunto com livros, artigos, revistas e resumos.
Os indivíduos possuem destreza para expor suas ideias em redações e outros tipos textuais. Logo, um relatório empresarial se torna muito mais compreensível do que uma tabela cheia de números e informações.
Aqueles que possuem facilidade de aprender na prática são os que se encaixam no estilo sinestésico. Para eles é necessário um estímulo diferente, seja uma demonstração prática ou qualquer outro envolvimento que permita o mínimo de experiência na atividade.
Para os recém contratados é muito importante analisar os estilos de aprendizagem de cada um e entender quais são as necessidades que um determinado estilo possui.
Para quem se encaixa na categoria auditiva, ouvir músicas, podcasts, aulas expositivas e palestras, são meios muito mais interessantes e de fácil absorção de conteúdo do que um livro ou artigo, por exemplo.
Esta teoria, desenvolvida por David Kolb, refere-se à ideia de os adultos possuírem estilos diferenciados de aprendizagem, visto que o processo é relacionado com suas experiências prévias e percepções sobre os assuntos e atividades exploradas.
A teoria dos estilos de aprendizagem de Kolb pode ser dividida em 3 estágios:
O aprendizado se dá fundamentado nos sentimentos, nas vivências do estudante. Preferem envolver-se na prática a teorizar. Esse tipo de indivíduo lida melhor com as trocas realizadas entre estudantes do que entre estudante e professores.
Conceituação abstrata: o aprendizado acontece focado no raciocínio. O estudante adepto a esse estilo de aprendizagem valoriza a teoria e as imagens, preferindo trocas impessoais e informações coletadas estruturadamente.
O estudante desenvolve o aprendizado observando e avaliando o objeto fonte da observação. Aprendem assistindo aula, por exemplo, especialmente por serem geralmente pessoas tímidas e reflexivas.
Aqui o estudante preza pela prática, através da participação ativa, de exercícios e debates em equipe, dispensando a necessidade de assistir aulas, por exemplo, sendo geralmente pessoas extrovertidas.
Além do ciclo de aprendizagem acima, Kolb também explana outros 4 estilos de aprendizagem, quais sejam:
Ainda, se você tiver interesse em aplicar essa teoria de Kolb nos seus programas de T&D, leia aqui.
Para Gregorc, os estilos de aprendizagem têm a ver com a maneira como as pessoas se comportam, como suas mentes funcionam combinadas às suas habilidades e percepções diante da vida social.
Segundo o autor, cada indivíduo carrega uma conexão com um dos estilos de aprendizagem especificamente. Com o passar do tempo, esse aprendizado acontece ou por meio de vivências concretas (onde o conhecimento é assimilado através dos cinco sentidos – visão, tato, olfato, paladar e audição) ou por meio de vivências abstratas (intuição, intelecto e imaginação), variando conforme a idade da pessoa e a questão a ser resolvida.
Essas duas vivências entregam quatro estilos de aprendizagem, que de acordo com Gregorc são assim classificados:
Os indivíduos desse estilo enxergam o aprendizado em uma sequência coerente e detalhada, analisando tudo por etapas e pontuando os começos e os finais de cada foco do conhecimento. As informações são avaliadas com concretude, onde os conceitos são verificados de acordo com os sentidos.
Aqui as pessoas têm o aprendizado voltado para o sentido lógico. O estudante necessita da confirmação das informações, baseadas sempre na análise lógica e conceitual do processo de ensino/aprendizagem.
Estudantes que apresentam esses estilos de aprendizagem são geralmente criativos, têm facilidade de expressar-se e socializar, apresentando a capacidade de assimilar as informações de modo bastante abrangente. Suas confirmações se dão adotando como base aquilo que já foi vivenciado internamente.
Esse é um dos estilos de aprendizagem adotados por pessoas que aprendem através da técnica erro e acerto, intuitivamente. São aqueles estudantes que investigam e atuam na resolução de problemas.
Criada em 1988, esta teoria projeta o modo como o estudante aceita assimilar e conduzir o aprendizado. Através desta teoria, foi criado o Questionário do Índice dos Estilos de Aprendizagem, que categoriza os estudantes em quatro escalas:
O modelo proposto pelos estilos de aprendizagem de Dunn e Dunn demonstra que os estudantes assimilam o conhecimento de acordo com o ambiente, as emoções e também os aspectos sociais, físicos e psicológicos. Essas categorias são agrupadas de acordo com a forma como cada uma afeta a aprendizagem.
Segundo Dunn e Dunn, o estilo de aprendizagem pode ser qualificado de acordo com cinco estímulos:
Durante o aprendizado, os estudantes respondem a diversos estímulos ambientais. Por exemplo, enquanto alguns preferem lugares com pouca iluminação, outros preferem lugares mais iluminados. Enquanto alguns preferem estudar com música, outros precisam de silêncio, enquanto alguns preferem lugares com mais formalidade, outros preferem ambientes informais etc.
Quando o estudante recebe motivação, consegue exercer uma boa performance nos estudos, ainda que em situações adversas. Mas quando são desmotivados, as tarefas precisam entregar estímulo, além de necessitarem de supervisão.
A depender do estudante, podem escolher aprender sozinhos, em equipe ou com algum guia de autoridade. Nesses casos, o estudante consegue se adaptar a qualquer uma das opções citadas.
Ocorrem quando o estudante faz preferências do tipo estudar apenas com textos ao invés de utilizar imagens; estudar de manhã ao invés de estudar de noite; estudar se movimentando ou estudar sentado etc.
Estudantes que preferem analisar, gostam de informações lógicas e seguindo etapas. Estudantes globais, preferem assimilar estruturas amplas antes de focar nas características individuais.
Assim como existem diferentes tipos de inteligência, de conformação física e fisiologia, existem também diferentes estilos de aprendizagem.
Sendo assim, com a crescente variedade de possibilidades de formas de ensino disponíveis, as pessoas têm encontrado mais conteúdos compatíveis com os seus estilos de aprendizagem.
Por isso, é importante que você identifique e explore ao máximo aquele com o qual você tem mais identificação – teste os estilos mencionados nesse post e veja a diferença em seus resultados.
Independente do modelo que mais se encaixa com seu planejamento e construção de desenvolvimento, cada estilo de aprendizagem tem vantagens e desvantagens.
Afinal de contas, eles não são os fatores determinantes do sucesso ou fracasso de alguém em nenhuma carreira ou tipo específico de atividade, mas representam propensões que, uma vez percebidas e exploradas, podem melhorar o seu aprendizado.
Então, independente de qual dos conceitos você está estudando, dentre eles ressaltamos os mais conhecidos: de William James, John Dewey, Kirt Lewin, Jean Piaget, Carl Rogers, Lev Vygotsky, Carl Jung, Paulo Freire ou outros, explorar diferentes estilos é a melhor forma de encontrar aquele com o qual você mais se identifica e do qual poderá tirar maior proveito!
Seja qual for o método escolhido entre os estilos de aprendizagem, sempre haverá aquele que se adequa aos seus projetos de treinamento e desenvolvimento, é bom observar que cada um apresenta vantagens e desvantagens. Todavia, nenhum deles determina as evoluções ou retrocessos nas atividades do seu colaborador. O foco é reconhecer qual melhor se adapta às necessidades de aprendizado de cada pessoa e investir nesse método de aprendizagem para evolução conjunta da empresa.
Seja na sala de aula ou no treinamento corporativo, lidar com diferentes perfis é sempre uma tarefa desafiadora.
Afinal de contas, os educadores e instrutores podem buscar conhecer melhor o público-alvo primeiramente, avaliando quais características comportamentais são encontradas nos grupos.
Uma dica nesse sentido é aplicar questionários com as equipes e classes, analisando os dados para identificar os diferentes perfis.
Isso pode ajudar também no dia a dia da escola e da empresa, pensando quais tarefas serão melhores para a produção e educação do público-alvo, como delegar tarefas mais estratégicas para indivíduos com perfil assimilador ou usar mais elementos gráficos para alunos mais visuais.
Também é possível planejar as aulas e treinamentos de forma a variar os estímulos, seja valorizando experiências práticas, pesquisa, debates ou outros modelos.
Pensando nisso, a tecnologia pode ser uma grande aliada dos educadores e instrutores, pois traz diversos recursos multimídia para a criação e acesso ao conteúdo.
Considerando métodos ainda mais inovadores, a gamificação possibilita englobar estímulos diferentes, como: imagens, textos, sons, ideias abstratas e situações práticas para ajudar os usuários a assimilar com maior facilidade os conteúdos mais densos.
Além disso, a gamificação utiliza elementos dos jogos para tornar experiências como aprendizado escolar, treinamento corporativo e integração de novos funcionários em atividades mais engajadoras e, desta forma, mais eficientes.
Esperamos que com este conteúdo você tenha obtido mais detalhes sobre como é possível compreender e otimizar o seu aprendizado por meio da utilização de plataformas de apresentação de conteúdo que beneficiem sua absorção.
Então você pode ter acesso a uma série de cursos e conteúdos gratuitos, produzidos por um time de especialistas em Educação.
No Go Learning, você pode ter uma experiência LXP enquanto estuda sobre Metodologias Ativas de Aprendizagem. Lá, estão disponíveis Cursos dos mais diversos, como de Design Thinking, Modelo ADDIE, Metodologia 6Ds, Técnicas de Apresentação Utilizando Storytelling, Comunicação Não Violenta (CNV) e muito mais.
Uma Universidade Corporativa gratuita, pensada para T&D e RH na prática. Vamos nessa?
As teorias dos Estilos de Aprendizagem são as responsáveis pelo desenvolvimento dos métodos através dos quais os conteúdos são repassados de acordo com perfis determinados. Compreender e procurar encontrar meios de estar atualizado em relação às diversas formas de aprendizagem é relevante para que as capacidades de adaptação sejam mais amplas. Ainda que uma determinada teoria seja aplicada apenas para um estudante/colaborador, é válido saber que existe uma variedade de metodologias extras a serem exploradas.
Segundo a teoria VARK, desenvolvida por Neil Fleming e Charles Bonwell, existem 4 Estilos de Aprendizagem, quais sejam:
1. Visual: onde gráficos são mais aceitos do que relatórios.
2. Leitura e escrita: onde ler e escrever como formas de comunicação são mais aceitos que tabelas, por exemplo.
3. Sinestésico: adeptos à aprendizagem através da prática, onde recebem diferentes estímulos.
4. Auditivo: onde a informação é retida com mais facilidade através de músicas, áudios, aulas expositivas etc.
Curva de aprendizagem, ou curva de aprendizado, é uma forma de determinar a proficiência de uma atividade dentro de uma escala evolutiva.
Processo de Aprendizagem diz respeito ao modo através do qual o conhecimento, os princípios e a competência de cada indivíduo são adquiridos.
Otimizar a curva de aprendizagem é acelerar o aprendizado e o aprimoramento da eficiência dos programas de treinamento, como o onboarding.
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