Uma empresa cujo colaboradores são capazes de atuar com consciência acerca de suas emoções e daqueles que o cercam, tende a ganhar bastante destaque em relação às demais. A capacidade de lidar com a inteligência emocional no trabalho é um diferencial que impacta diretamente no clima organizacional, nos valores e nos resultados apresentados pelas equipes de cada setor. Mas como implementar a inteligência emocional na sua empresa? Continue a leitura do artigo e descubra!
O que é inteligência emocional?
Inteligência emocional, segundo a psicologia, são as habilidades que uma pessoa tem de perceber e administrar seus sentimentos e emoções, bem como os sentimentos e emoções daqueles ao seu redor, na intenção de atingir a produtividade em todos os setores, seja profissional ou pessoal.
Em resumo, a emoção, de acordo com Pedro Calabrez, esse tipo de inteligência é nada mais que uma parte do nosso cérebro a qual faz ligação com todo o corpo, guiando-nos à ação. Assim, ela pode até causar algum tipo de impacto físico.
Para o colaborador de uma empresa, a capacidade de administrar suas emoções é algo essencial, haja vista que, conseguir dar nome àquilo que sente auxilia diretamente na descoberta de como isso pode vir a impactar na sua performance – e também na performance dos demais colaboradores.
Quando o colaborador consegue evoluir os processos relacionados à inteligência emocional, terá facilidade em perceber e avaliar quaisquer tipos de comportamento no ambiente organizacional, seja com as pessoas do setor onde trabalha, seja nas relações com todas as demais equipes da empresa.
A título de conclusão, a inteligência emocional é um dos conceitos psicológicos mais populares e recentes desta última década.
Acredita-se que ela esteja associada à capacidade dos colaboradores de perceber e gerenciar suas próprias emoções, assim como perceber e conduzir as dos demais, tendo em vista as lideranças dentro da empresa.
Sua rápida disseminação deve-se à crença de que a inteligência emocional está relacionada tanto ao bem-estar dos colaboradores quanto ao seu sucesso profissional.
Quem criou a inteligência emocional?
Antes da publicação de Daniel Goleman (1995), surgia na literatura científica da época o conceito inteligência emocional através de um artigo de Salovey e Mayer (1990). Segundo esses dois autores, os seres humanos se distinguiram num certo tipo de inteligência social que estaria vinculada ao conhecimento das próprias emoções.
Todavia, nos termos hoje conhecidos, o conceito foi disseminado pelo psicólogo, escritor e PhD, Daniel Goleman, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, através da publicação do livro “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente.”
Qual o conceito de inteligência emocional segundo Goleman? A inteligência emocional diz respeito à habilidade que temos de reconhecer nossas emoções e administrá-las, em nós mesmos e naqueles com quem nos relacionamos.
Apesar de ter sido nomeado como o pai da inteligência emociona, Goleman não foi o responsável por destrinchar academicamente esse conceito.
Quando surgiu a inteligência emocional?
Alguns anos antes da publicação do livro de David Goleman, a teoria acerca da inteligência emocional já havia sido difundida através de dois pesquisadores e psicólogos americanos: Peter Salovey e John D. Mayer, que publicaram um artigo acadêmico com impressões e análises sobre a temática.
Entretanto, desde muito antes já vinham sendo produzidos estudos relacionados à influência emocional. Na década de 20, por exemplo, o também psicólogo americano Edward Thorndike detalhou a inteligência emocional definindo-a como sendo a capacidade de gerenciar as emoções.
Até que chegássemos à estrutura criada por Goleman, diversos nomes foram somatizando conhecimentos e aprendizados essenciais para que houvesse a constatação do conceito atual tal qual conhecemos.
Por que inteligência emocional é importante?
É ponto pacífico no mundo corporativo que um elevado grau de inteligência emocional está altamente relacionado com o sucesso profissional e pessoal.
Isto posto, os colaboradores que possuem o controle de suas emoções também possuem o controle de seu trabalho e de suas metas.
Ainda, podemos falar da importância da inteligência emocional para as lideranças. Pois fato é, líderes lidam com as nossas emoções. Inflamam nossas paixões e inspiram o que há de melhor em nós.
Na tentativa de explicar qual o motivo de eles serem tão eficazes, falamos de estratégia, visão ou ideias poderosas. Todavia, a realidade é bem mais básica: grandes líderes lidam com as emoções de seus colaboradores.
Pouco ou nada importa o que tais lideranças se disponham a fazer, o sucesso dependerá de como o fazem. Ainda que acertem na maioria de suas ações, caso fracassem na tarefa primordial de conduzir as emoções na direção certa, nada funcionará tão bem como poderia ou deveria funcionar.
Quais são os 5 pilares da inteligência emocional?
As características de uma pessoa com inteligência emocional são divididas em 5 pilares. São pilares da inteligência emocional:
- Autoconhecimento: a capacidade que temos de reconhecer nossas emoções no momento que acontecem.
- Automotivação: a capacidade de direcionar nossos sentimentos no intuito de desenvolver algo que intimamente nos favoreça.
- Controle emocional: conseguir “encaixar” a emoções de acordo com cada momento vivenciado.
- Capacidade de manter relações interpessoais: diz respeito à habilidade de se relacionar com outras pessoas através de aptidões sociais.
- Empatia: a capacidade de entendermos as emoções dos outros.
Qual a importância da inteligência emocional no trabalho?
A inteligência emocional é uma característica capaz de gerar modificações positivas tanto na vida pessoal quanto na vida profissional, conforme expusemos acima.
No trabalho, lugar onde os colaboradores passam a maior parte do seu dia, a inteligência emocional torna-se ainda mais importante, uma vez que convivemos com pessoas diversas ao mesmo tempo em que lidamos com as demandas diárias da empresa.
Trabalhar essa habilidade auxilia no desenvolvimento de sentidos que bloqueiem negatividades no clima organizacional, uma vez que os colaboradores aprendem a treinar duas emoções, resolvendo todos os possíveis conflitos.
Como desenvolver a inteligência emocional?
Como usar a inteligência emocional no ambiente organizacional? A primeira coisa a ser feita para implementar a inteligência emocional no cotidiano laboral é organizar os dados da empresa.
Seja o trabalho realizado na empresa ou em home office, todos os colaboradores precisam saber quais as tarefas delegadas durante o dia, como deve ser realizado o qual o período de tempo destinado para aquilo.
É essencial que o indivíduo procure manter o foco, ainda que algum episódio não usual aconteça. Ocorre bastante nos setores em geral a seguinte situação: um colaborador solicitar que o outro interrompa sua atividade para auxiliá-lo em algo definido como urgente.
Como saber que existe, de fato, urgência? Quando o indivíduo é emocionalmente inteligente, consegue definir se aquilo é de fato urgente ou pode ser deixado para depois, quando sua tarefa prioritária for finalizada.
A seguir, listamos algumas práticas necessárias para desenvolver a inteligência emocional:
- Procure sempre respirar e estar atento ao modo como você se sente.
- Evite fazer as coisas automaticamente.
- Encontre métodos para extravasar as emoções negativas.
- Se sentir necessidade, procure ajuda de psicólogos e terapeutas.
- Tenha serenidade e paciência para que o processo se desenvolva. Confie na sua capacidade de ser emocionalmente inteligente.
Benefício da inteligência emocional no trabalho
Quais são as vantagens de desenvolver a inteligência emocional na sua empresa?
Evolução nos relacionamentos e no clima organizacional
Quando os colaboradores estão aptos a desenvolver a inteligência emocional, são capazes de ultrapassar os possíveis obstáculos relacionais.
Atuam de modo a não permitir que os conflitos se transformem em grandes questões dentro da equipe e da empresa como um todo.
Conexões úteis entre os colaboradores melhoram o clima organizacional. Assim, a produtividade e as habilidades das equipes são positivamente influenciadas.
A inteligência emocional é também responsável pela evolução nas relações com os clientes, provedores e demais indivíduo ligados à organização.
Diminuição do estresse
Quando conseguimos evoluir as relações e o clima organizacional, automaticamente, o estresse de todos os colaboradores acaba sendo diminuído. Por que? Porque os problemas que aparecerem conseguirão ser solucionados com menos ruídos e com maior eficácia, evitando assim um grande amontoado de conflitos.
Um colaborador que consegue trabalhar a inteligência emocional, administra seus sentimentos com mais convicção, enfrentando as questões cotidianas e mitigando o possível estresse no ambiente organizacional.
Evolução na produtividade
Os colaboradores que estiveram preparados para melhor administrar os problemas existentes na equipe, as suas próprias emoções e aqueles conflitos da rotina empresarial, certamente será capaz de produzir mais e melhor.
Quando conseguimos manter algum domínio acerca das nossas emoções, o estresse e demais aspectos negativos referentes à rotina laboral acabam não influenciando tanto.
Isso ocorre pois nos enxergamos capazes de focar naquilo que de fato importa para a evolução do nosso trabalho, sem impactar negativamente na produtividade e na habilidade de realizar o serviço.
Aperfeiçoamento nas tomadas de decisões
Sermos capazes de compreender nossas próprias emoções e as emoções das pessoas com as quais convivemos é um método capaz de auxiliar na reflexão ao nos depararmos com momentos difíceis e inconvenientes.
Esse tipo de atitude faz com que estejamos aptos a aperfeiçoar os momentos onde grandes decisões necessitam ser tomadas, sem que haja interferências da emoção no momento de racionalizar o que for necessário, exercendo muito da nossa comunicação assertiva.
Líderes de maior excelência
A inteligência emocional influencia diretamente aquele que lidera. Um líder eficiente é aquele que, além ser consciente das suas emoções, consegue entender e ser solidário às emoções dos seus colaboradores.
Tanto as habilidades acima citadas quanto o aperfeiçoamento das decisões demonstram a importância da inteligência emocional para aqueles que ocupam cargos de liderança, desenvolvem a comunicação interna etc.
Um bom líder é aquele que, além de ajudar seus colaboradores a evoluir, consegue mantê-los na empresa.
Competência do futuro
A tecnologia cada vez mais ocupa espaços no mundo atual, principalmente no que diz respeito às atividades manuais. Todavia, existem certas competências as quais as máquinas não são capazes de ultrapassar, como desenvolver raciocínios próprios, demonstrar sentimentos e apresentar alguma inteligência emocional.
Tudo isso diz respeito às competências necessárias para o futuro dos colaboradores e das empresas no mercado de trabalho, como ocorre quando falamos de comunicação digital, por exemplo.
Uma empresa que não investe na inteligência emocional, não evoluirá, o que trará impactos negativos para si mesmo e para seus colaboradores.
Técnicas de inteligência emocional corporativa
Desenvolva alternativas para os conflitos
Quando uma pessoa estiver alterada, ansiosa ou com raiva, procure concentrar seus esforços no entendimento do motivo que a deixou daquela maneira. O fato de você conseguir utilizar a escuta ativa, ser empático e compreensivo em relação àquelas emoções deixará a pessoa mais calma e com a sensação de acolhimento.
Gestores não devem brigar com colaboradores. Um bom líder deve sempre mostrar que poderá auxiliar na resolução de qualquer contratempo referente ao trabalho de seus colaboradores.
Procure pensar positivo
Agir negativamente certamente contaminará o ambiente organizacional, portanto, uma atitude emocionalmente inteligente é sempre demonstrar entusiasmo e motivação para boa manutenção do clima corporativo.
Ainda que em momentos mais pesados, o ideal é relevar momentaneamente e tentar agir de forma natural, procurando resolver qualquer conflito em momento oportuno.
Mantenha-se aberto
Uma pessoa emocionalmente inteligente é acessível, independentemente do tempo que destina aos seus afazeres. Um líder bem visto pelos seus colaboradores é um líder que está disposto a ajudar, tirar dúvidas, ensinar, mesmo que haja algum impacto na sua agenda laboral cotidiana.
É essencial que as pessoas saibam utilizar suas qualidades sociais para manter o bom relacionamento com os seus colegas. Dispor do seu tempo para ajudar o próximo é um bom exemplo dessa atitude positiva.
Dicas para aplicar a inteligência emocional no mercado de trabalho
Tendo abordado os tópicos mais latentes acerca da inteligência emocional, elencamos 4 dicas importantes para auxiliar na aplicação da inteligência emocional no mercado de trabalho, seja na comunicação empresarial ou organizacional. Confira:
Descubra seu mindset
Qual é a sua maneira de pensar? Pois bem, a maioria das pessoas podem ser enquadradas em uma das duas, ou em ambas, grandes divisões identificadas pela ciência: o mindset fixo, ou o mindset de crescimento.
No mindset fixo, a valorização do resultado em si e o receio em errar estão presentes. A frase “eu sempre fui assim, então não consigo mudar” ilustra bem essa categoria.
No mindset de crescimento, a recompensa está no processo, sendo os erros tomados como aprendizado. A pergunta “o que mais posso aprender?” define muito bem quem se enquadra nesta categoria.
Qual é o seu mindset predominante, você consegue identificar?
Conheça seus desafios
E que tal fazer uma lista com seus desafios diários e semanais? Registrando suas emoções e reações frente a essas tarefas para posteriormente avaliar seu comportamento no processo.
Aqui, é bastante importante que você seja transparente consigo mesmo, descrevendo a situação fidedignamente, sem criar pré julgamentos sobre você ou sobre os envolvidos.
A auto análise pode proporcionar aos seus praticantes pontos falhos em sua comunicação, em situações corriqueiras do dia a dia, nas atividades e nos processos de trabalho, etc.
Faça uma matriz SWOT
Utilizada na administração e no marketing para listar potenciais forças (strengths), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats). A matriz SWOT (ou FOFA) pode ser aplicada à realidade profissional de cada colaborador.
Ao fazer isso, o colaborador terá mais clareza de suas forças e dos pontos que necessitam de mais atenção.
Busque referências pessoais
Uma prática bastante utilizada para o autoconhecimento, baseada na Psicologia Positiva, é pensar nos três nomes que são sua maior referência pessoal na vida.
Ao fazer esse exercício de raciocínio, anote os nomes em uma folha de papel ou em um documento digital. Isto posto, descreva as principais características positivas de cada qual, elencando o porquê do traço te gerar admiração. Leia e reflita sobre suas anotações.
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Perguntas frequentes sobre Inteligência Emocional
Inteligência emocional, segundo a psicologia, trata-se das habilidades que uma pessoa tem de perceber e administrar seus sentimentos e emoções, bem como os sentimentos e emoções daqueles ao seu redor, na intenção de atingir a produtividade em todos os setores, seja profissional ou pessoal. Para o colaborador de uma empresa, a capacidade de administrar suas emoções é algo essencial, haja vista que, conseguir dar nome àquilo que sente auxilia diretamente na descoberta de como isso pode vir a impactar na sua performance – e também na performance dos demais colaboradores.
As características de uma pessoa com inteligência emocional são divididas em 5 pilares. São pilares da inteligência emocional:
1 – Autoconhecimento: a capacidade que temos de reconhecer nossas emoções no momento que acontecem.
2 -Automotivação: a capacidade de direcionar nossos sentimentos no intuito de desenvolver algo que intimamente nos favoreça.
3 – Controle emocional: conseguir “encaixar” a emoções de acordo com cada momento vivenciado.
4 – Capacidade de manter relações interpessoais: diz respeito à habilidade de se relacionar com outras pessoas através de aptidões sociais.
5 – Empatia: a capacidade de entendermos as emoções dos outros.