Desenvolvida para facilitar os caminhos da empresa e auxiliar na orientação de seus colaboradores, uma trilha de aprendizagem visa a expansão, a motivação e o alcance de metas, tornando o aprendizado contínuo um hábito no seu ambiente de trabalho. Neste artigo, você conhecerá mais sobre esta ferramenta, sua aplicação e seus benefícios.
O que é uma trilha de aprendizagem?
Uma trilha de aprendizagem é um conjunto sequenciado de experiências complementares, criados para guiar colaboradores no seu processo de capacitação.
Quando o gestor entende necessário capacitar colaboradores da sua empresa, por exemplo, habilidades e competências específicas podem ser trabalhadas de forma mais dinâmica e natural. Deixando de lado estilos de aprendizagem mecânicos e exaustivos, reunindo em um mesmo lugar as necessidades da instituição e as intenções dos colaboradores.
A trilha de aprendizagem é baseada na teoria das competências, portanto, vinculam o conhecimento teórico à aplicação prática para atingir um objetivo.
Assim, a articulação entre teoria e prática possibilitará ao colaborador uma significativa compreensão final. Isso significa que, ao aplicar estratégias de aprendizagem, o colaborador irá absorver o conhecimento e colocá-lo em prática ao longo de seu desenvolvimento.
Quando se deu o surgimento da trilha de aprendizagem?
Antes de ganhar a grande proporção que tem hoje, a trilha de aprendizagem surgiu e foi utilizada como metodologia de educação corporativa. Ou, em outras palavras, era voltada para o desenvolvimento profissional.
O objetivo da trilha de aprendizagem, na época, era ser flexível e dinâmica, em oposição aos rígidos programas de treinamento tradicionais.
O sucesso foi tanto que as estratégias de aprendizagem passaram a ser utilizadas em outros ambientes além do corporativo. Hoje, instituições de ensino de todos os níveis (do ensino fundamental ao superior) se beneficiam do potencial dessa metodologia.
A adaptabilidade do método resulta principalmente da colocação do modelo de inúmeros recursos e ferramentas à disposição dos estudantes. Jogos, e-books e filmes são apenas alguns exemplos das possibilidades que podem ser exploradas com ela.
O objetivo deste sistema é ensinar o colaborador a atingir seus objetivos dentro dos parâmetros especificados. O colaborador estará mais preparado para tomar melhores decisões, considerar a empresa como um todo e ter uma visão sistemática do mundo e do local de trabalho.
Como resultado, os desafios de aprendizagem ajudam a desenvolver colaboradores mais autônomos, responsáveis e engajados. Características que são necessárias tanto no âmbito profissional quanto acadêmico.
A trilha de aprendizagem surgiu no mundo dos negócios, mas também se espalhou para escolas, faculdades e instituições profissionalizantes.
Qual a diferença entre aprendizagem e treinamento?
A principal distinção entre aprendizagem e treinamento é que um é voltado para a aquisição de conhecimento e o outro para melhorar as habilidades relacionadas à realização de uma determinada tarefa.
Dito de outra forma, o objetivo da educação é criar mudanças comportamentais por meio da exposição a fatores emocionais, interpessoais, neurológicos e ambientais. A partir dele, o indivíduo ganha novas perspectivas sobre determinado assunto.
Enquanto isso, o treinamento se concentra no desenvolvimento pessoal. É por meio dele que uma pessoa aprende os métodos e as habilidades necessárias para realizar suas tarefas. Eles são tipicamente únicos, criados para sanar determinados gaps de competência, dúvidas ou dificuldades.
Se tivéssemos que resumir o objetivo do treinamento, diríamos que ele fornece as condições fundamentais para que um indivíduo desempenhe sua função, portanto, está ligado a uma questão funcional. É importante ter em mente que existem vários modelos de treinamento.
Qual o objetivo da trilha de aprendizagem?
O objetivo de uma trilha de aprendizagem na educação corporativa é a absorção de conhecimento como um processo ininterrupto, dando autonomia para que o estudante/colaborador crie sua própria rotina e seu próprio processo de aprendizagem dentro do curso. Não busca atender exclusivamente às ambições da empresa, mas também às conveniências, necessidades, desempenhos e aspirações profissionais das pessoas.
Podemos citar, como exemplo de trilha de aprendizagem, o profissional de marketing. Atuando numa empresa, esse profissional precisará desenvolver habilidades específicas para melhorar sua performance, especialmente, em casos de ascensão na carreira. A partir daí, o setor de treinamento e desenvolvimento (T&D) entra no processo como avalista de todas as necessidades indicadas pelo gestor de RH, ou, nesse caso, o líder da equipe de marketing. Com base nos dados fornecidos, cria-se uma trilha que contemple as carências anteriormente identificadas.
Para o desenvolvimento de uma trilha de aprendizagem, podem ser utilizados os mais variados recursos: games, livros, vídeos, quiz, podcasts, aulas, workshops etc.
Utilizando as trilhas de aprendizagem na educação corporativa, o colaborador conseguirá combinar teoria e prática num mesmo ambiente até que se conclua a meta final. Observe uma trilha de aprendizagem dentro do Konquest, nosso produto LXP de educação corporativa:
Principais características das trilhas de aprendizagem
Para que seja capaz de cumprir o propósito ao qual se destina, uma trilha deve apresentar as seguintes características:
Ser flexível
É claro que uma trilha de aprendizagem deve possuir demandas obrigatórias com prazos e datas definidas, mas o importante neste sistema é que o colaborador protagonize a sua rota de aprendizado. Por esse motivo, algumas das atividades expostas podem ser por ele selecionadas, de modo a auxiliá-lo na navegação de informações.
Valorizar a experiência
As trilhas abarcam todos os momentos da aprendizagem, ou seja, é importante que o ambiente observeo colaborador antes, durante e após o aprendizado, desenhando sua curva de aprendizagem. É essencial que a experiência seja avaliada o tempo inteiro, valorizando especialmente o momento posterior, onde tudo o que foi ensinado será colocado em prática.
Diversificar os estímulos
Todos os recursos inovadores disponíveis podem ser inseridos nas trilhas de aprendizagem de modo a fomentar o conhecimento. Quanto mais sentimentos forem estimulados durante o processo, melhor será o resultado final.
Como fazer uma trilha de aprendizagem?
Na elaboração de uma trilha de aprendizagem para desenvolvimento de competências, cada percurso deve ser analisado e composto por ações estrategicamente planejadas. É feito um estudo inicial das atividades e habilidades a serem desenvolvidas e trabalhadas com foco no público-alvo. Entendemos o perfil do público e criamos atividades com diferentes graus de dificuldade e maneiras de quantificar os resultados obtidos na totalidade no processo.
Existem duas formas de se elaborar uma trilha de aprendizagem:
Linear — nesta forma, é exigido do colaborador que siga uma sequência para que “destrave” os próximos conteúdos. Uma vez que é necessário que se cumpra um requisito antes de ser liberado acesso ao outro. Este modelo é mais utilizado quando a pauta precisa ser guiada a um objetivo direto. Neste caso, a trilha de aprendizagem é considerada completa quando todas as atividades são concluídas.
Agrupada — aqui, por não existir sequência pré-estabelecida, o colaborador escolhe o conteúdo que deseja consumir de cada vez. É geralmente utilizada para temas que possuem muitas ramificações, onde os recursos disponíveis são manuseados com autonomia. Considera-se finalizada a trilha quando parte do objetivo é alcançado. Por exemplo, quando a meta estipulada pela empresa é que se conclua pelo menos 10 entre 15 tarefas.
A melhor forma para realização da trilha é escolhida pela equipe gestora, a depender do público-alvo para o qual será direcionada.
Por que fazer uma trilha de aprendizagem?
Quando realizamos trilhas de aprendizagem, é notável a melhora no desempenho dos colaboradores, o que influencia diretamente no resultado geral dos programas de treinamento. Por apresentar características que rompem com as formas convencionais de treinamento, as pessoas demonstram a tendência de estarem mais despertas e criativas no ambiente corporativo como um todo.
Alguns dos principais motivos são:
Autonomia de desenvolvimento — conforme mencionamos em etapas anteriores, as trilhas permitem que o próprio colaborador decida o conteúdo que vai buscar e o melhor momento para fazê-lo. Esse movimento de iniciativa própria auxilia na melhor absorção de conteúdo. Cabe à empresa fornecer os meios e oportunidades necessárias para a eficácia individual de cada colaborador.
Aprendizagem contínua — numa trilha de aprendizagem, com a possibilidade de separação do ensino em vários passos, é possível que o colaborador aprenda algo novo todos os dias, ao invés de tentar assimilar o conteúdo inteiro de uma só vez. A fragmentação do aprendizado é uma das formas de valorização da capacitação constante.
Maior engajamento — com a admissão de uma aprendizagem em multiplataformas, sem comprometimento algum na qualidade da trilha, é mais fácil manter o colaborador engajado, longe de métricas enfadonhas e ultrapassadas do ensino convencional. A absorção do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades acabam sendo trabalhados de forma mais rápida.
Otimização dos processos de educação corporativa — investimentos mais acertados no custo-benefício em T&D e aprimoramento das etapas de desenvolvimento de carreira.
Como aplicar uma trilha de aprendizagem?
Uma vez que esteja definido o tipo de trilha e os temas a serem abordados, é chegado o momento de aplicá-la. Basta seguir os seguintes passos:
Entender o perfil da sua audiência
Antes de desenvolver uma trilha de aprendizagem, deve ser realizado um mapeamento para que seja possível conhecer qual o perfil do público para o qual será destinada. As metas e ambições da empresa dever estar alinhadas às metas e ambições dos seus colaboradores.
Como isso é possível? Através de avaliações que permitam que os gestores obtenham informações sobre seus colaboradores. Todas as características positivas dos profissionais devem ser averiguadas.
É também importante que sejam pontuadas capacidades, aptidões e graus de aprendizado. Junto a isso, a empresa deve estudar quais as intenções futuras dos colaboradores, tanto no que diz respeito ao negócio quanto às projeções pessoais.
Elaborar uma linha contínua com níveis de dificuldade alternados
Uma trilha de aprendizagem é um mecanismo meticuloso e ininterrupto, portanto é essencial que exista um alicerce através do qual sejam feitos nivelamentos, divididos entre os mais ou menos complexos e essenciais.
Todas essas etapas devem priorizar o mais importante: que o aprendizado aconteça de maneira natural e espontânea. Assim, as estratégias de inserção do conhecimento devem ocorrer ordenadamente, niveladas, práticas e eficazes.
Apresentar atividades diversificadas
Não basta que sejam desenvolvidas atividades significativas, é necessário também que sejam inovadoras. A tecnologia permite cada vez mais opções inventivas e sedutoras para o estudante, fazendo com que as aulas sejam cada vez menos monótonas e cansativas.
Como exemplo podemos citar: vídeos, jogos etc. Todos os recursos personalizados servem como impulsionadores para envolver e comprometer os colaboradores. Conhecendo a audiência é mais fácil direcionar o conteúdo, conectando-o às metas, objetivos e demais necessidades da empresa.
Desenvolver um storytelling
Contar uma história é uma estratégia de engajamento bastante eficaz. Obviamente, desde que seja uma história expressiva e significativa. O storytelling é uma ferramenta bastante pertinente para validar uma trilha de aprendizagem, seja qual for o seu modelo.
Por que? Porque o ato de contar uma história permite que o colaborador se conecte àquele tema, aliando-se ao personagem e sendo capaz de conectar suas experiências àquelas vivenciadas da história.
Sendo capaz de elaborar um vínculo entre a história e o ambiente organizacional, o colaborador assimila o conteúdo com mais disposição e rendimento.
Analisar as habilidades de conhecimento
Como saber se a trilha de aprendizagem está entregando soluções positivas? Analisando o desempenho de cada colaborador durante o treinamento e desenvolvimento.
Essa análise pode ser feita buscando conectar teoria e prática. Assim, observa-se pontos específicos como:
- Concentração;
- Assimilação;
- Exposição;
- Discernimento;
- Coerência;
- Estratégia;
- Capacidade de decisão;
- Solucionar contratempos.
Usar gamificação na trilha de aprendizagem
Trilhas de aprendizagem gamificadas são bastante utilizadas no meio corporativo. É um dos meios mais eficientes para o desenvolvimento, aprendizado e impulsionamento de produção dos colaboradores, especialmente por ser um método interativo e dinâmico.
Agora que você já sabe como elaborar e quais os benefícios de uma trilha de aprendizagem, o próximo passo é identificar os pontos críticos da sua organização e desenvolver uma atividade de capacitação através da implantação desta ferramenta.
Trilhas de aprendizagem à distância
A utilização de trilhas de aprendizagem a distância tem se destacado como uma solução prática e eficaz para quem precisa gerenciar o aprendizado e o desenvolvimento dos seus colaboradores.
Muitas plataformas de EAD têm a capacidade de disponibilizar o conhecimento por meio de uma trilha de aprendizagem. O principal benefício de usar esses sistemas é a capacidade de acompanhar automaticamente o progresso do estudante através das porcentagens de progresso da atividade e dos dados estatísticos.
O ensino a distância é uma opção vantajosa para as empresas, pois maximiza recursos (reduz distâncias, custos e tempo), torna as informações mais acessíveis e incentiva o compartilhamento de informações.
Ainda, as plataformas EAD possuem uma interface bastante amigável e adaptável. Com base nisso, o colaborador terá facilidade para gerenciar suas tarefas e progredir em sua trajetória.
Nem é preciso dizer que esse colaborador também terá a liberdade de escolher o conteúdo que deseja aprender primeiro, equilibrando seu aprendizado com o tempo disponível.
O ponto forte do EAD é a variedade de ferramentas multimídia disponíveis. Por esse motivo, você pode considerar o uso de vídeos, podcasts, e-books e plataformas de conferência para divulgar conteúdo, como discussões e fóruns online. Além disso, a gamificação da aprendizagem pode melhorar significativamente o engajamento dos seus estudantes.
Quais são os resultados esperados?
Como o objetivo das trilhas de aprendizagem é combinar as necessidades do colaborador e da empresa, existem vários benefícios em usar essa metodologia, tais como:
- melhoria da percepção do colaborador sobre as habilidades necessárias;
- nivelamento do conhecimento;
- incentivo ao autodesenvolvimento;
- aprendizado contínuo;
- potencialização do processo de aprendizagem;
- consciência das opções de carreira do colega de trabalho em seu campo.
Como você deve ter percebido, as trilhas de aprendizagem estão se tornando cada vez mais populares devido ao fato de atenderem bem aos interesses da empresa e do colaborador.
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Tudo isso, em um ambiente LXP, que permite a criação trilhas de aprendizagem sob medida para cada treinamento. Por onde os usuários possam interagir e aprender durante as jornadas de Educação Corporativa.
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Sobre Trilha de Aprendizagem, as pessoas também perguntam:
Trilha de Aprendizagem é uma compilação de atividades sequenciadas com o intuito de capacitar e promover o ensino-aprendizagem relacionado a conhecimentos específicos. O papel do desenvolvimento do conteúdo e das atividades da Trilha de Aprendizagem geralmente é direcionado a um gestor, que monta o seguimento de atividades e dispõe os requisitos através dos quais o estudante/colaborador evoluirá.
Primeiro você deverá decidir se quer desenvolver uma trilha linear ou agrupada:
Linear – existe uma sequência de conteúdo a ser seguida para desbloquear o próximo.
Agrupada – o estudante/colaborador define o conteúdo que irá estudar, na ordem que ele memso definir.
Uma vez definida a trilha, os seguintes passos devem ser seguidos:
1. Entender o perfil da sua audiência.
2. Elaborar uma linha contínua com viés de dificuldades alternados.
3. Apresentar atividades diversificadas.
4. Desenvolver um storytelling.
5. Analisar as habilidades de conhecimento.
6. Utilizar gamificação.