Rotatividade é sem dúvida uma daquelas palavras que mais gera dor de cabeça para o RH das empresas. Portanto, entender as possíveis causas e estabelecer soluções estruturadas é um constante desafio para qualquer liderança. Neste artigo, vamos abordar os principais conceitos sobre este delicado tema, de modo a explicar as causas e impactos da rotatividade nas organizações.
Neste artigo, vamos abordar os principais conceitos sobre este delicado tema, de modo a explicar as causas e impactos da rotatividade nas organizações.
O que é rotatividade?
Rotatividade de funcionários, também conhecida como turnover, é um processo de admissão/demissão de colaboradores dentro uma organização e que, dependendo do fluxo como acontece, pode desencadear impactos complicados para a empresa.
O turnover, ou rotatividade, contabiliza a taxa de demissões de uma corporação, fazendo com que, caso a soma seja alta, haja uma deficiência na retenção de talentos.
Quais as causas da rotatividade?
Elementos externos influenciam diretamente na rotatividade de funcionários, como por exemplo as oscilações econômicas nacionais e internacionais. Todavia, ocorrências internas da instituição, como estruturas, modelos e processos também estão conectadas às causas da rotatividade, quais sejam:
- Processos de seleção de colaboradores com erros quanto ao perfil a ser direcionado para determinado cargos, o que gera uma demissão célere;
- Dificuldades de manutenção do clima organizacional, impactando diretamente na diminuição do engajamento dos colaboradores, gerando queda na produtividade e desmotivação na busca de produções inovadoras;
- Falta de organização interna da empresa;
- Valores de subsídios e benefícios abaixo do valor de mercado;
- Mercado com altas taxas de contratação e melhores oportunidades;
- Deficiência na gestão de pessoas.
Quais os impactos da rotatividade nas empresas?
Uma alta taxa de rotatividade nas empresas traz prejuízos tanto para os colaboradores quanto para a própria organização. Como exemplo, citamos:
Aumento de despesas incumbências trabalhistas
Quando um colaborador é demitido, todas as despesas trabalhistas são pagas pela empresa – exceto quando há justa causa.
Todavia, se o colaborador solicita a demissão, além da demanda relacionada ao custo, existe a necessidade de ser estudada a vaga deve ser preenchida de modo adequado, o que exige tempo a ser despendido
Produtividade decadente
Uma demissão súbita acaba pegando de surpresa todos aqueles que permanecem na organização, atingindo tanto o trabalho quanto a saúde mental dos colaboradores que permanecem na empresa.
A substituição de uma vaga não acontece imediatamente, o que pode gerar queda na produção e no estímulo dos colaboradores.
Em decorrência, são criados novos procedimentos de seleção e de programas de T&D, que além de gerar gastos tiram o foco da equipe quanto à fluidez das produções, até que tudo se normalize e os colaboradores voltem a se ordenar.
Decadência do clima organizacional
A rotatividade impacta diretamente no clima organizacional, com consequências às vezes graves para a saúde mental do colaborador. Esse aspecto relacionado à hierarquia das necessidades humanas (tema abordado na Pirâmide de Maslow) é muitas vezes menosprezado pelos gestores.
Quando o colaborador trabalha numa organização com altas taxas de turnover, acaba desenvolvendo dúvidas acerca da sua estadia naquele ambiente.
Isso gera instabilidade e vulnerabilidade, o que prejudica diretamente a saúde do colaborador, que se torna cada vez mais ausente no ambiente de trabalho.
Sintomas de doenças como ansiedade, depressão e burnout são cada vez mais comuns no mundo corporativo, sendo apontadas como as maiores causas de afastamento dos colaboradores.
Se a rotatividade é constante na empresa, com demissões sem justa causa principalmente, o clima organizacional torna-se extremamente negativo e o foco nas entregas das produções e conteúdos é inexistente.
Como evitar a rotatividade nas empresas?
Desenvolver um processo seletivo eficaz
Deve-se concentrar em implantar um processo de seleção com práticas e performances já conhecidas pela sua eficácia, especialmente se contar com respaldos tecnológicos.
Quando uma contratação é realizada sem muitas análises, como vimos anteriormente, as proporções de produtividade na empresa tendem a diminuir.
Elaborar parâmetros de gestão
Os talentos existentes na organização devem ser impulsionados e desenvolvidos, pois o benefício recai tanto para o colaborador quanto para a empresa.
Para que o clima organizacional seja preenchido por colaboradores realizados e lucrativos, é necessária gestão eficaz. Assim sendo, a rotatividade diminui e o desgosto com o trabalho também.
Fomentar e investir na equipe
Utilizar-se de metodologias como pesquisa de clima organizacional, gamificação, feedback, programas de T&D etc., contribuem para renovar a produtividade da equipe e seus objetivos.
Existir um feedback com os colaboradores é fundamental, algo que deve acontecer periodicamente para que haja um relacionamento saudável entre gestor e colaborador.
Apostar em planos de carreira e sucessão
Um plano de carreira e sucessão corretamente desenvolvido é algo central a ser observado, distribuindo detalhadamente todas as políticas referentes aos cargos e salários da empresa.
Para reduzir a rotatividade a empresa precisa olhar seus alicerces e regras fundamentais e analisar com autocríticas todas as aplicações dali resultantes.
Os objetivos são transparentes? As produções são condizentes com os anseios dos colaboradores? Os colaboradores estão caminhando de modo coerente aos valores da empresa?
Tudo isso deve ser analisado e aplicado satisfatoriamente, consolidando os propósitos dos colaboradores àqueles expostos dentro da organização. As estratégias devem sempre procurar alinhar metodologias e tecnologias.
Diante de todo o exposto, chamamos a atenção para a importância de se construir um ambiente seguro, onde o respeito seja base e a produção efetiva seja consequência da cumplicidade e do bom relacionamento entre gestores e colaboradores, o que, automaticamente, entrega segurança em relação à manutenção dos empregos.
Investir em Educação Corporativa reduz a Rotatividade?
Ano após ano, temas como Intraempreendedorismo, Employer Branding e Educação Corporativa vêm ganhando cada vez mais força nos setores de RH.
Isso ocorre, pois à medida em que as empresas passaram a investir na capacitação dos colaboradores, em decorrência, principalmente, dos avanços tecnológicos e da mão de obra cada vez mais especializada, outros impactos positivos, diretos e indiretos, passaram a ser percebidos.
Dentre eles, o aumento de produtividade das equipes, uma maior capacidade para resolver problemas e também a diminuição de índices indesejados como Absenteísmo e Rotatividade.
Nesse sentido, Educação Corporativa e redução da Rotatividade não são uma relação direta de causa e efeito. Mas a cada dia está mais demonstrado os múltiplos efeitos e círculos virtuosos que podem ser criados numa empresa, a partir das práticas educacionais e de capacitação. Como na lógica do Golden Circle, de Simon Sinek, não basta saber o que estamos fazendo, mas entender e acreditar no porquê de estarmos fazendo.
Ou seja, estamos falando do reconhecido valor ao Treinamento e Desenvolvimento (T&D) de pessoas.
Para saber mais, Conheça as Soluções LXP da Keeps e comece também a transformar Rotatividade em Engajamento.
Sobre Rotatividade, as pessoas também perguntam:
Rotatividade ou “turnover” trata-se do índice de demissões e admissões de uma organização. Essa proporção, quando é considerada acima das taxas, tornam-se negativas, servindo assim de alerta para a empresa, que apresenta claramente uma deficiência na retenção dos seus talentos.
Existem algumas sugestões que podem ser seguidas para ajudar da redução da Rotatividade da empresa:
1. Criar um processo de seleção e recrutamento que seja eficaz.
2. Desenvolver gestões válidas.
3. Investir na equipe e manter os colaboradores engajados.
4. Preparar planos de carreira e sucessão.
5. Implantar sistemas de Educação Corporativa.